O Monstra – Festival de Animação de Lisboa dá hoje início à 22.ª edição, associando-se aos 100 anos do cinema português de animação e acolhendo a maior presença de sempre de filmes nacionais em competição.
O 22.º Monstra pretende servir de ponte entre passado e presente do cinema de animação português, ao relembrar o filme “O pesadelo do António Maria” (1923), de Joaquim Guerreiro, e exibir várias produções recentes premiadas, entre as quais “Ice Merchants”, de João Gonzalez, nomeada para os Óscares.
O festival decorrerá entre hoje e 26 de março no Cinema São Jorge, mas também na Cinemateca Portuguesa, na Cinemateca Júnior, no Museu do Oriente e na Sociedade Nacional de Belas Artes, propondo mais de 400 filmes e quatro exposições.
A abertura será na Sociedade Nacional de Belas Artes, com a inauguração de uma exposição do artista e realizador alemão Raimund Krumme.
Entre as longas-metragens da competição oficial estão “Nayola”, de José Miguel Ribeiro, – que se vai estrear no circuito comercial a 13 de abril -, “Os demónios do meu avô”, de Nuno Beato, e “Interdito a cães e italianos”, do francês Alain Ughetto, com coprodução portuguesa pela Ocidental Filmes.
Além da presença de “Ice Merchants”, na competição de curtas-metragens, a direção do Monstra destacou a inclusão de outro filme candidato aos Óscares, “The Flying Sailor”, das canadianas Amanda Forbis e Wendy Tilby, ou ainda “Bird in the Peninsula”, de Atsushi Wada (Japão).
Na programação estará também outro filme que foi nomeado aos Óscares: “My Year of Dicks”, de Sara Gunnarsdóttir.
Entre as curtas-metragens candidatas ao prémio SPA/Vasco Granja estão “O Casaco Rosa”, de Mónica Santos, “Garrano”, de David Doutel e Vasco Sá, e “Ice Merchants”, de João Gonzalez, enumerou a organização.
O Japão, que tem quase sempre lugar de destaque no Monstra, será o país homenageado nesta edição, por conta dos 480 anos de amizade com Portugal.
O programa dedicado ao Japão contará, por exemplo, com a presença do realizador e desenhador Koji Yamamura, que terá uma exposição de desenhos originais dos seus filmes no Museu do Oriente, ‘anime’ e a longa-metragem musical “Inu-Oh”, de Masaaki Yuasa, exibida em 2021 no festival de Veneza.
Não serão esquecidos filmes dos estúdios Ghibli, nomeadamente “The Red Turtle”, numa coprodução com estúdios franceses e realizado pelo neerlandês Michael Dudok de Wit, que estará pela primeira vez em Lisboa.